Como um “bebê adulto”, Jess gosta de tomar mamadeira, usar macacão e “voltar a sua infância”. Seu namorado assume o papel do pai e cuida dela com todo o carinho e amor. Mas não pense que é algo sexual, apesar da situação do casal se encaixar em varias cenas BDSM como Ageplay (troca de idade), Papai/Garotinha e Infantilismo, na verdade Jess diz que o objetivo é “ficar em paz com a sua infância conturbada”.
Sobrevivente de abusos sexuais na infância, Jess foi molestada quando tinha apenas dois anos de idade. Os traumas sofridos deixaram Jess depressiva e com ataques de ansiedade durante boa parte de sua vida. Apesar dos anos de terapia e medicamentos, ela conta que só conseguiu a confiança e “paz interior” que precisava com a regressão a troca de idade.
Com seu canal na internet, Jess vem fazendo sucesso. Tanto que ela ganhou até um berço no seu tamanho de um fã. Ela vive ao lado de seu namorado David e trabalha como babá.
Jess comenta que “A troca de idade é minha válvula de escape, ela me devolve a inocência que eu perdi na infância e me deixa brincar como eu sempre quis.” e ainda completa “Ela me deixa ser mais brincalhona e meiga, que é meu jeito que eu acredito que minha vida seria se eu tivesse uma infância normal.”
Em um relacionamento a mais de quatro anos, Jess diz que a escolha da troca de idade é um estilo de vida para o casal e não algo sexual: “Nunca fizemos sexo enquanto praticamos a troca de idade, para nós a relação Papai/Garotinha é natural no dia a dia.”
“Eu gosto de sentir que David é alguém que posso contar pra cuidar de mim e me proteger. E ele gosta do sentimento de ser necessário. Definitivamente isso nos aproximou como um casal.
No papel de Papai, David estabelece regras a Jess e oferece recompensas quando ela se comporta e punições quando ela apronta. Ele pode coloca-la de castigo ou leva-la para tomar um sorvete, dependendo de suas atitudes.
Apesar de ser estranho a situação para a maioria, vale lembrar do ditado que diz que “toda panela tem sua tampa” e, se eles estão felizes juntos, quem somos nós para julgar não é?