Ano passado foi um período que eu me senti extremamente esgotado, energicamente e psicologicamente. Nesse período comecei a buscar locais onde pudesse conversar com outras pessoas com uma vivencia semelhante a minha. Participei de algumas rodas de homens, porém não me sentia tão representado nessas rodas, mas foi quando comecei a participar da roda de masculinidades negras que tudo ficou ainda mais claro pra mim e como é importante falar e pensar sobre a importância desse “S” em masculinidades.
E o porque disso? É simples, a masculinidade foi construida em cima de um “ideal de homem”. Quando começamos a pensar fora da caixa do ideal de homem branco hétero cis, fica claro que existem várias formas possíveis de ser e se expressar como um homem. Seja como homem negro, um homem trans, um homem gay, um homem asiático, um homem com deficiência, um homem indígena, um homem gordo, e não precisa ser só um tipo de homem! Enfim, novos homens possíveis.
E vale lembrar que cada uma dessas masculinidades possuí suas próprias características, individualidades, necessidades, lutas, dores, desafios e vitórias. E o mais importante é que todos podem sim conversar entre si, mas elas também precisam do seu espaço próprio, existir sozinho para coexistir de forma saudável com o próximo.
Não estou falando que a masculinidade do homem branco hétero cis deve ser enterrada, ela também tem o seu espaço, mas é necessário entender que existem outras possibilidades de expressão masculina além desse seu mundinho particular de homem branco.
É preciso dialogar para quebrar a bolha, respeitar o espaço alheio é ainda mais!
E ai, vamos dialogar?
Texto baseado no post do @O.AndreGomes