O couro é um dos materiais mais utilizados quando o assunto são roupas e acessórios sensuais, principalmente quando o assunto é fetiche e BDSM. Mas pouca gente sabe o simbolismo e a luta que o couro carrega com ele. Pouca gente até hoje, porque nós do Casal Up compilamos para vocês a história da subcultura do couro! Então vem com a gente nessa viagem de muito metal e principalmente couro!
Antes de tudo, não vamos brigar ok, a subcultura do couro pode ser chamada também de subcultura Leather. Sim, leather é couro em inglês, então no final subcultura do couro ou subcultura leather é a mesma coisa, a mesma coisa! Por isso nada de mensagens de ódio, ok?
Mas vamos lá! A subcultura do couro consiste basicamente em uma moda erótica, onde são utilizados jaquetas, coletes, botas, acessórios e o que você quiser! O couro é utilizado para distinguir os adeptos de outras subculturas e também é muito associado com a cultura BDSM, mas para alguns o uso de couro é uma moda erótica que expressam masculinidade, poder sexual, e independência.
A subcultura do couro é antiga, e nasceu em meados dos anos 40. Mas foi pós segunda guerra mundial que ela ganhou força representando os motoqueiros. Surgiram então bares que não eram de motoqueiros, mas eram focados em subculturas baseadas no couro. Esses clubes representavam as pessoas que não se encaixavam na moda popular, mas sim na subcultura do couro.
Marlon Brando em “O Selvagem”
Mas foi em 1953 quando Marlon Brando apareceu no filme “O Selvagem” vestindo um jeans, uma camiseta, uma jaqueta de couro e um quepe que o couro foi associado a imagem de uma figura independente e rebelde, que não se identificam com a moda popular da época. Mas não para por ai, algumas comunidades Gays não estavam satisfeitas com a “alta cultura” da comunidade em geral, principalmente focada em musicais, foi então que a “comunidade do couro” nasceu, representando a abertura sexual do grupo em explorar fetiches e BDSM.
Logo a subcultura do couro ganhou força pelo mundo e se tornou uma forma de expressar rebeldia e também abertura sexual. Foi então que ela começou a ser utilizada por bandas de Heavy Metal, sendo chamada nestes casos de Moda Heavy Metal. O interessante é que a banda que recebe mais créditos por isso é a banda Judas Priest, devido ao seu vocalista Rob Halford. Ele utiliza roupas de couro em seus shows desde os anos 70 e se identifica abertamente como homossexual desde 1998.
Outro ativista importante foi Pat Califia. Durante os anos 70 ela abertamente se identificava como lésbica e fundou um grupo de lésbicas-feministas adeptas do BDSM, o primeiro grupo lésbico BDSM dos estados unidos.
Rob Halford, ontem e hoje.
Atualmente, a subcultura do couro é considerada uma derivação da cultura BDSM e não só uma cultura de representação gay. Mesmo conhecendo a origem da subcultura do couro, ainda é muito debatido sobre a diversidade da entre as localidades. Alguns chamam certas subculturas de “Novo Couro” ou “Nova guarda”, outros defendem que as diferenças são poucas para criar variações e uma terceira variante afirma que algumas histórias foram romantizadas.
Mesmo assim, o couro ainda é considerado uma afirmação da sexualidade alternativa, algo que foge do comum. Lembrando que nem sempre a escolha pelo couro significa uma aceitação da cultura BDSM, algumas pessoas só gostam da experiência sensorial que o couro proporciona.
Há mais de 8 anos trabalhando com produtos sensuais, consultoria, saúde e bem-estar, acabei notando que queriam ir além da venda de produtos. Nessa jornada descobri que o mundo precisava ouvir mais sobre saúde e sexualidade, nessa sede de aprender e ensinar, encontrei o Tantra que me ajuda muito no dia a dia para melhorar meus relacionamentos. Já são mais de 10 turmas presenciais e várias vidas impactadas. Acredito que é necessário facilitar as conexões para que as pessoas encontrem seus próprios caminhos de libertação sexual através de diálogos saudáveis. A partir disso, promovo a melhoria da saúde e do bem-estar na sociedade.
Dhayanne Andrade
O Casal
Um Casal com a missão de criar diálogos saudáveis sobre saúde, bem-estar e sexualidade, vem com a gente!