Nunca concordei com o Tinder, sempre
achei ele um mal uso da tecnologia. Mas isso foi até eu aprender a
usa-lo. Não me entenda mal, claro que eu sabia que o aplicativo era pra
arrumar encontros e isso eu nunca quis, mas foi para realizar meus
fetiches que eu encontrei no Tinder um grande aliado.
Mas
vamos do começo, fazia cerca de dois meses que eu criei uma conta no
Tinder. Nunca tive problemas em começar e terminar relacionamentos mas,
para alguém como eu, relacionamentos são sempre superficiais e nunca
duram mais que 6 meses. Enfim, ao contrario da maioria das pessoas, eu
procurava no Tinder algo mais carnal…
O
texto do meu perfil era curto e direto: “Olá, meu nome é Douglas,
tenho 31 anos e procuro pessoas que desejem compartilhar seus pés
comigo, tenho fetiche por eles e só quero eles. Não me entenda mal,
outras coisas podem sim acontecer, mas o principal é isso!”. Simples e
direto.
…duas pessoas chamaram a minha atenção, e essa é a
história de uma delas…
E
assim passaram dois meses com alguns matchs e até mensagens, muitas de
curiosidade e algumas poucas de repudio, “Se você não gosta, não precisa
desrespeitar. Acho que nossa conversa acabou por aqui!” era a mensagem
padrão para os curiosos mal educados. Mas é claro que em todo esse
turbilhão de mensagens, duas pessoas chamaram a minha atenção, e essa é a
história de uma delas.
Aline, 34 anos, formada em psicologia e que chamou minha atenção quando
iniciou a conversa citando Freud e sua ideia de que todo o corpo é
erótico. E foi assim que construimos nosso match, em forma de uma
conexão mais profunda do que eu imaginei. Mas não me entenda mal,
profunda era o ponto de que ela entendia meu fetiche e minhas
necessidades.
Aline era negra, tinha um cabelo cacheado daqueles bem grandes, um legitimo black power. Suas fotos demonstravam que ela gostava de usar lenços no cabelo e vestidos. Aparente ela gostava também de animais, afinal uma foto era com um cachorro, resumindo: nada fora do normal. E nenhum pé também aparecia nas fotos, mas se ela tinha aquele cuidado especial com o cabelo, provavelmente ela também tem com os pés.
E assim as conversas foram fluindo, trocamos telefone e começamos a nos falar mais e mais. Descobri que ela trabalhava “perto” de casa, mas não sabia o quão perto. E foi em um dia que ela ficou trabalhando até tarde que resolvemos nos encontrar depois do trabalho. Era uma sexta feira, já passava das nove da noite quando ela me chamou “Ei, estou saindo do trabalho agora e morrendo de fome! Vamos em algum restaurante aqui perto?”. Respondi de bom grado e mandei a localização do meu “barzinho secreto” perdido naquele mar de edifícios.
Nem preciso dizer que cheguei antes dela, o bar era praticamente a um quarteirão do meu apartamento. Vesti algo casual e chinelo, nada de se “emperiquitar” todo, nosso amor era meio platônico até então. Já pedi uma cerveja ao garçom, e fui molhando a garganta enquanto aguardava e foi ai que ela entrou.
…nem preciso falar que o bar parou para ver Aline ali.
As fotos não faziam jus a beleza de Aline. Seu cabelo estava solto em um poderoso “black-power”, seus brincos em argola seguiam uma harmonia deliciosa com o cabelo. Seu batom roxo parecia combinar com o vestido leve de verão com uma estampa floral azul, e os pés, ah seus pés, de unhas pintadas em azul vestiam uma sandália plataforma completando seu look verão, nem preciso falar que o bar parou para ver Aline ali.
Acenei em toda minha simplicidade, e ela me devolveu um lindo sorriso. “Douglas”, ela disse. “Aline”, respondi. Ela sentou e prontamente protestou que eu já estava bebendo sem ela, problema que logo foi resolvido com a adição de um copo na nossa equação. E conversamos muito ali, sem ver o tempo passar e sem se preocupar em medir palavras, algo sincero! Sociedade, pessoas, política, fetiches, tudo era assunto nos lábios daquela deusa da sabedoria. Nenhuma pressão sobre algo mais, somente dois adultos conversando sobre tudo, eu não disse que até aqui era platônico?
E sem perceber chegamos a quase duas da manhã, bem percebemos quando o garçom veio avisar que a cozinha estava fechando. “Você mora aqui perto não é?”, ela me perguntou. Respondi que sim ao que ela completou “Posso ir no seu apartamento usar o banheiro? Não que o daqui seja ruim, mas é que eu prefiro um pouco mais de higiene sabe?”. Comecei a rir da situação, e ela brincando de brava me disse que a coisa era séria. “Claro que pode, mi casa su casa!” respondi ainda rindo.
Ganhei uma carona até em casa, “Pertinho né?” ela comentou. Pegamos o elevador e chegamos até meu apartamento, “então é aqui que você mora!” ela disse, ao que completei com um tour de boas vindas pelo meu apartamento, com um tour final pelo banheiro! Meu apartamento estava realmente impecável, eu tinha arrumado tudo após a visita da minha outra “amiga” do Tinder, mas isso fica pra outra história.
Seus pés pareciam flutuar pelo meu corredor…
Sentei no sofá aguardando Aline, não sabia o que ela iria querer fazer depois então não podia ser um mal anfitrião. Ela saiu do banheiro segurando seus saltos em uma mão “Ufa, essas sandálias estavam me matando!”. Seus pés pareciam flutuar pelo meu corredor, com certeza eu iria me masturbar pensando naquela cena, naqueles pés, bem esse era meu projeto para a noite, mas a noite só estava começando…
“Seus pés são realmente lindos”, comentei e ela retrucou prontamente “E como funciona esse seu fetiche por pés?” ela perguntou enquanto sentava ao meu lado no sofá. Prontamente comecei a explicar enquanto desci para iniciar uma massagem nos pés dela, expliquei que as vezes envolve punição com os pés, as vezes uma massagem neles, as vezes mordidas, lambidas, beliscões e é claro até uma deliciosa masturbação utilizando os pés.
Seu rosto parecia relaxado com a massagem, e ela perguntou com um tom inocente “E como funciona a masturbação?”. Expliquei pra ela mais ou menos como acontecia, sem a parte da punição que a outra “amiga” do Tinder aplicava. Aline parecia realmente interessada, ao que ela comentou “Certo, então vamos tentar!”. Como uma lady, ela levantou seu pé até meu peito e empurrou levemente meu corpo para trás. Deixei tombar e confirmei com ela se ela tinha certeza, afinal nossa amizade poderia ser fortemente afetada. Como confirmação, ela se levantou e tirou seu vestido, revelando uma lingerie roxa que combinava com seu batom.
…coloquei ela carinhosamente sentada no sofá.
Eu sabia que com Aline eu deveria ser carinhoso, como se fosse a primeira vez daquela garota, e de fato era. Tirei toda minha roupa e coloquei ela carinhosamente sentada no sofá. Nem preciso falar que depois de massagear os pés dela meu pênis já estava bem duro, “a ponto de bala” como diriam meus amigos xucros.
Juntei seus pés suavemente enquanto passava meu pênis por eles, ensinando o movimento de masturbação para ela, que aprendeu rapidamente o que deveria fazer. Com ela fazendo os movimentos, minhas mãos ficaram livres para acariciar suas lindas pernas. Apertei suas coxas com uma força entre prazer e punição. Ela respondeu com um suave suspiro e, devido a aprovação do movimento, uma das mãos se encaminhou para acariciar sua vagina, pelo menos por cima da calcinha e novamente, ela suspirou.
Avisei para ela que iria gozar e desci a mão para protege-la do meu jato, ao que ela respondeu “Goze em mim…”. Automaticamente depois do pedido dela, retirei minha mão e segurei seus pés, deixando meu jato de prazer fluir livremente em suas lindas pernas. Ela parecia satisfeita com aquilo, mas como um bom anfitrião eu sabia que era minha obrigação retribuir, e assim tomei a liberdade de deita-la no sofá, retirando sua calcinha e seu sutiã, revelando sua linda vagina e seus seios.
Aproveitei para dar um beijo naqueles lindos lábios roxos, enquanto meus dedos acariciavam sua vagina, seu clitóris, sua pele… Desci e continuei a masturbação ali, mordiscando seus seios e suas coxas, ela estava entregue ao prazer. Seus suspiros aumentaram o volume e estavam cada vez mais rápidos, mais fortes, mais intensos… E assim ela me tomou em seus braços e gozou, tão forte e intenso que me deixou com um misto de satisfação e prazer.
Já estava pensando no próximo passo quando o interfone tocou, era novamente o zelador informando que novamente estavam reclamando do barulho! Ora, esses meus vizinhos não tem nada melhor pra fazer… Me desculpei com ele e disse que arcaria com qualquer punição que me fosse aplicada, ele riu e disse que eu só tinha que esperar a poeira baixar! Vantagens de ser educado com ele!
Voltei para o sofá onde aquela deusa que ainda suspirava…
Voltei para o sofá onde aquela deusa que ainda suspirava com inquietação perguntou, “O que foi?”. Expliquei para ela do meu vizinho desocupado, ela riu e combinamos que iríamos encerrar a noite de hoje por causa disso, e que a próxima vez seria na casa dela. Claro que como um perfeito cavalheiro, eu a convidei para dormir em casa, afinal já passava das quatro e ela deveria estar cansada. Ela preferiu ir pra casa com o pretexto de que dormiria melhor na sua própria cama. Nos despedimos e só fui dormir quando recebi as 4:15 uma mensagem dela dizendo que chegou em casa e me desejando uma boa noite.
Nossas conversas continuaram normalmente, e mesmo sabendo que eu estava vendo outra pessoa Aline não parecia se importar muito com isso, já Camila parecia um pouco irritada com isso, mas essa história do meu segundo “match” vai ficar para uma próxima vez…
Há mais de 8 anos trabalhando com produtos sensuais, consultoria, saúde e bem-estar, acabei notando que queriam ir além da venda de produtos. Nessa jornada descobri que o mundo precisava ouvir mais sobre saúde e sexualidade, nessa sede de aprender e ensinar, encontrei o Tantra que me ajuda muito no dia a dia para melhorar meus relacionamentos. Já são mais de 10 turmas presenciais e várias vidas impactadas. Acredito que é necessário facilitar as conexões para que as pessoas encontrem seus próprios caminhos de libertação sexual através de diálogos saudáveis. A partir disso, promovo a melhoria da saúde e do bem-estar na sociedade.
Dhayanne Andrade
O Casal
Um Casal com a missão de criar diálogos saudáveis sobre saúde, bem-estar e sexualidade, vem com a gente!