Nunca imaginei que iria assistir algum filme dos 50 Tons, ainda mais no cinema. Mas ela queria tanto ver que eu fui acompanhar afinal, não basta ser parceiro tem que participar. E estranhamente gostei mais do que deveria, pois sai do cinema cheio de ideias mirabolantes.
Visitei uma loja de produtos eróticos procurando as tais “bolinhas do orgasmo” que vi no filme, lá descobri que elas não são bem para aquilo, mas sim para exercícios. Mas antes de ficar decepcionado, a vendedora prontamente me ofereceu algo que poderia satisfazer minhas ambições, um tal de “vibrador sem fio”, acionado por controle remoto. E lá estava eu com a minha primeira compra de um produto erótico.
“Que tal tornar a noite de hoje mais interessante”, perguntei enquanto ela se arrumava. |
Esperei pacientemente por nossa próxima ida ao cinema, era minha vez de escolher o filme. Escolhi um filme de ação, algo que ela achava entediante, mas que me ajudaria na minha ambição. “Que tal tornar a noite de hoje mais interessante”, perguntei enquanto ela se arrumava. Ela riu, provavelmente tentando imaginar o que eu tinha em mente, ao que completei no melhor tom de voz Sr. Grey que eu conseguia imaginar: “Não é piada”, revelando aquele brinquedinho de 6cm.
”E o que isso faz?” ela perguntou me olhando com desconfiança. Eu sorri e desci minhas mãos por entre suas pernas. Ela deu um grito abafado de surpresa e um sorriso, seu rosto estava totalmente corado. “Você vai usar durante toda a noite e só vai retirar quando eu mandar”, comentei enquanto introduzia o vibrador. Novamente ela me perguntou o que ele fazia, e eu apenas respondi que logo ela iria descobrir.
Tudo corria muito bem durante a noite, eu ainda não havia feito a estreia do meu “convidado especial”, a curiosidade dela já havia dado lugar a uma insatisfação: “Essa coisa aqui não serve pra nada”. Jantamos, andamos e finalmente fomos para o cinema. E foi na sala escura que eu peguei o controle do vibrador.
Para começar coloquei uma intensidade baixa, 3 de 10. Ela me olhou com os olhos arregalados de surpresa, querendo dizer algo. Eu apenas fiz o sinal de silencio para ela e disse bem baixinho que o filme iria começar, ela concordou com a cabeça e se ajeitou na cadeira, de pernas cruzadas, provavelmente para sentir mais a vibração.
…aquele olhar que só ela sabia fazer dizendo “Isso é o melhor que você pode fazer” |
Deixei assim por algum tempo e, quando a ação começou no filme, a ação também aumentou para ela. 6 de 10 ela deu um pulo da cadeira, provavelmente surpreendida pela vibração. Inquieta, ela se mexia na cadeira, numa tentativa de controlar algo ali, mas o controle era todo meu! Deve ser assim que o Grey se sente, pensei.
Quando ela estava prestes a perder as estribeiras, diminui a vibração, 1 de 10. Afinal precisava dela inteira para a “batalha final”. Ela ficou um tempo cabisbaixa por algum tempo provavelmente recuperando o fôlego e, quando recuperou, fez questão de lançar aquele olhar que só ela sabia fazer dizendo “Isso é o melhor que você pode fazer”.
Era hora do herói utilizar todos seus poderes no filme e, na nossa brincadeira também: 10 de 10 era o máximo do meu poder. Novamente ela deu um pulo da cadeira, ainda bem que o cinema estava praticamente vazio, pensei. Suas pernas não encontravam mais conforto em nenhuma posição, suas mãos agarravam os braços da cadeira com uma força descomunal, tudo em vão.
Virei para dar um beijo nela e ela me agarrou minha cabeça com toda sua força. Seu corpo tremia por inteiro e, como ela não podia gritar, acho que foi a forma dela soltar todo o prazer daquele momento, seu corpo ainda tremia enquanto eu baixava a vibração.
“Agora você tem que terminar o que começou” |
Sua respiração ainda estava ofegante enquanto os créditos rolavam, ficamos sentados ali por algum tempo, não pra ver as cenas pós credito, mas para ela recuperar seu fôlego. Quando ela finalmente se recuperou, ela olhou pra mim e disse “vamos”, com a convicção de alguém que novamente tinha tudo sob controle. Respondi prontamente que sim e fui acompanhando seus passos rápidos até o carro, ela não dizia nada.
Chegamos em casa e aquele silencio me consumia, “será que exagerei na brincadeira”, pensei. Ela desceu do carro e foi rapidamente para o quarto, dei alguns minutos a ela e entrei para me desculpar, mas o que encontrei me surpreendeu ainda mais: Ela deitada na cama me disse: “agora você tem que terminar o que começou”, abri um sorriso e percebi que aquilo era só o começo da nossa noite 50 tons…